Principais ilhas

Frades

Quem conhece a Ilha dos Frades, se encanta. Um paraíso que esbanja belezas naturais e muita história, cercado de pousadas charmosas, restaurantes com delícias típicas e um povo acolhedor. A natureza foi generosa na configuração da Ilha – seu formato, que lembra uma estrela de 15 pontas, propiciou a formação de praias deslumbrantes em 6km de extensão e mais de 13 milhões de m².

Pertencente à cidade de Salvador e localizada próxima ao centro da Baía de Todos os Santos, a Ilha dos Frades foi descoberta já no início do século XVI. Algumas versões contam a origem do seu nome, sendo a mais popular sobre o assassinato pelos tupinambás de frades que desembarcaram na ilha com o objetivo de catequizá-los.

Sua importância histórica se traduz em alguns símbolos das relações sociais e econômicas de tempos passados. No século XIX, servia de local de aguardo dos tumbeiros, os navios negreiros que davam suporte ao tráfico de escravos. O lazareto era uma espécie de armazém em local afastado onde escravos ou estranhos, sem caderneta sanitária e sob suspeita de portarem doenças contagiosas, eram mantidos em quarentena. Funcionava também como local de engorda dos escravos antes de serem vendidos.

Como Chegar

Dicas de hospedagem

A seguir, os locais de mais destaque na Ilha, que valem a visita!

Cerimonial Loreto

O Cerimonial Loreto é composto por Espaço de Eventos, Igreja e Casarão. As antigas ruínas da Fazenda do século XVI, ao lado da Capela de Nossa Senhora do Loreto, foram restauradas mantendo as características originais, mas agora com toda a infra-estrutura necessária.

O Espaço de Eventos tem capacidade para mais de 800 convidados, área coberta e climatizada de 1.300m², área total de 7.750m², cozinha industrial altamente equipada, WCs climatizados e com acessibilidade, vestiários e banheiros para staff, espaço para armazenamento de bebidas, espaço para armazenamento de flores, bar de apoio, geradores para sonorização e iluminação e ainda 2 suítes vips de 30m² cada.

A Capela Nossa Senhora do Loreto tem uma fachada formosa e um altar com elementos neoclássicos. Com capacidade para 100 pessoas sentadas, dispõe de área coberta climatizada, câmeras para exibição da cerimônia na área externa e ainda gerador com alta capacidade.

E já o Casarão Principal, datado do século XVI, está totalmente reabilitado para receber convidados e realizar eventos de até 100 pessoas no Terraço, onde a vista para as águas cristalinas e o contato com a natureza são os protagonistas da festa. Os Recantos das Águas, das Flores e dos Pássaros totalizam 15 suítes, podendo acomodar até 36 pessoas. Possuem também duas cozinhas, salas de estar e de jantar, lavabo, jardim gourmet, piscina e gerador de alta potência.

 

Bom Jesus dos Passos

Localizada entre as ilhas de Madre de Deus e Frades, é uma das mais atraentes em termos de beleza natural. Bom Jesus dos Passos chama a atenção pelo seu impressionante recorte cenográfico, destacando-se a ponte de atracação e, ao fundo, a igreja homônima. Tudo, como o azul do céu e as águas límpidas e calmas, suscita um desembarque em um verdadeiro paraíso, sendo um lugar ideal para lazer e esportes náuticos.

Quem visita a Ilha tem a chance de conhecer relíquias do passado, como o solar dos Duarte, a capela de Nossa Senhora da Conceição e as fontes Grande e Porrãozinho. Em sua história, a Ilha já foi palco de invasão dos holandeses, já foi habitada pelos índios tupinambás e também já foi um importante polo produtor de embarcações de pequeno porte na Baía de Todos os Santos.

Bom Jesus dos Passos já está sendo estudada para passar por requalificação urbano-ambiental liderada pela Fundação Baía Viva.

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Itaparica

A Ilha de Itaparica, a maior entre as 56 existentes no arquipélago da Baía de Todos os Santos, é também uma das mais conhecidas da região. Não apenas por sua larga extensão de 293 km², mas também por ser palco de importantes acontecimentos da colonização portuguesa e da passagem dos holandeses pela Bahia.

Itaparica, do tupi “cerca de pedra”, mantém ainda essas marcas por meio do seu rico patrimônio cultural, conservado e simbolizado em vários monumentos históricos. Sua arquitetura é composta por vários estilos que estiveram presentes ao longo da sua história, como a igreja de São Lourenço (1610), o Solar da Praça da Piedade (séc. XVIII), a igreja do Santíssimo Sacramento, a fortaleza de São Lourenço (1711) – um dos mais significativos símbolos da luta pela independência -, bem como o parque da Fonte da Bica (1842) – de onde jorra uma água mineral de excelente qualidade.

A ilha tem uma vegetação tropical muito rica e tornou-se um local bastante procurado por turistas e veranistas pela admirável beleza. A barreira de corais voltada para o mar, com cerca de 15 km, criou naturalmente um ambiente propício para o lazer, com águas calmas, límpidas e uma variedade de opções de relaxamento, que vão do banho e o mergulho em suas piscinas mornas e naturais, às caminhadas, cavalgadas, passeios de bicicleta e esportes náuticos.

Em agosto de 1833, a ilha de Itaparica foi emancipada de Salvador para, em junho de 1962 ser elevada à categoria de município. Com o tempo, desmembrou-se em duas, resultando nos municípios de Vera Cruz e Itaparica. O primeiro, hoje, é composto por povoados e localidades como Penha, Barra Grande, Conceição, Barra do Gil, Berlinque, Cacha-Prego, Aratuba, Coroa, Barra do Pote, Tairu e Mar Grande, que sedia o município. Já Itaparica abriga os povoados de Manguinhos, Ponta de Areia, Amoreiras e Porto Santo.

Madre de Deus

Como todas as ilhas da Baía de Todos os Santos, a  Madre de Deus também é repleta de história. Os índios tupinambás, que habitavam a região antes da chegada de Pedro Álvares Cabral, a batizaram inicialmente de Curupeba, que significa “sapo miúdo”. Palco de invasões estrangeiras, a Ilha chegou a pertencer, no ano de 1534, à sesmaria de Mem de Sá, terceiro Governador-Geral do Brasil, até ser doada aos jesuítas durante o processo de colonização. Depois, reintegrada à Coroa, a ilha passou a ser denominada de Freguesia de Madre de Deus do Boqueirão e, em 1584, ao ser arrendada a lavradores, passou a ser conhecida apenas como Madre de Deus.

Como estava no meio do caminho entre a Bahia e as usinas produtoras de açúcar do Recôncavo, a ilha tornou-se um importante ponto de apoio às embarcações durante a colonização. Em 1989, por meio de uma Lei Estadual, foi desmembrada de Salvador e elevada à categoria de município, passando a pertencer a ela as Ilhas de Vacas, Maria Guarda e a Coroa do Capeta.

A história também está inscrita nas ruas e localidades próximas de Madre de Deus, como pelas casas de Laudelino Pinheiro e de Pedro Gomes, que se destacam no alto da praça que abriga a Igreja Matriz de Nossa Senhora. Na praia de Suape, ficam em evidência a Casa dos Dois Leões e a antiga residência de praia do ex-governador Antônio Balbino, ambas da segunda metade do século XIX.

Madre de Deus, no início do século passado, foi a ilha preferida dos veranistas de classe média residentes em Salvador, até a radical mudança que viria sofrer com a instalação da indústria petrolífera na região nos anos 50, destacando-se a Refinaria Landulpho Alves e o terminal marítimo da Petrobrás.

Maré

É a terceira maior Ilha da Baía de Todos os Santos e, certamente, a mais próxima de Salvador, cujo percurso pode ser feito em 20 minutos. A curta distância, bem como a exuberante paisagem de águas cristalinas e mornas cercadas de coqueirais e bananais,  explica a grande movimentação de banhistas aos finais de semana. Pode-se dizer que ali é possível experimentar um dos melhores banhos de mar da baía, principalmente quando se está na quase deserta praia do Botelho, de onde se descortina uma das mais belas vistas panorâmicas do arquipélago. É bastante frequentada pelas populações residentes no subúrbio e cidade baixa, principalmente da Ribeira, Itapagipe, Caminho de Areia e Bonfim.

A Ilha de Maré ainda abriga as casas simples dos pescadores nativos e das rendeiras que trabalham com a renda de bilro. Seu trabalho resultava em peças diversas como blusas, batas, toalhas de mesa e outros acessórios feitos a mão, como herança do artesanato popular desenvolvido ao longo de várias gerações. Uma cultura que tem como símbolo maior a Capela de Nossa Senhora das Neves, construída em estilo colonial no século XVI.

Cajaíba

A Ilha de Cajaíba pertence ao município de São Francisco do Conde, a uma hora de Salvador, e está cercada de história pela presença de casarões antigos datados do século XVII e um histórico engenho de açúcar com arquitetura neoclássica.

A preservação local é levada a sério – tanto que o tempo de visitação permitido é de cerca de três horas e meia, num roteiro náutico e trilha ecológica até a Praia do Sodré, a mais famosa do local.

Nem é preciso citar as belíssimas praias e paisagens que compõem o cenário, responsáveis pela constante movimentação de turistas para a ilha.

Medo

Ruínas do antigo hospital para leprosos e de um quartel que funcionaram na ilha no século passado podem ser vistas até hoje na Ilha do Medo. Várias lendas explicam a origem de seu nome – há quem comente sobre as eventuais assombrações que passaram a conviver no local com o leprosário, para onde eram levados os pacientes terminais tanto de lepra como de cólera-morbo, e quem acredite que vem da história de um pároco de Itaparica que teria recebido gratificação para rezar uma missa no local, mas nunca chegou a realizar. Com a morte, sua alma ficou responsável por uma celebração com tons fantasmagóricos, convidando os nativos para assistí-la.

Sem dispor de uma fonte de água potável própria, a ilha do Medo, uma das menores da baía com 12 mil m², pertence à comarca de Itaparica e é desabitada até hoje.

Bimbarras

Bimbarras é uma Ilha particular que possui mais de dois milhões de metros quadrados de área verde e oito quilômetros de costa marítima de águas calmas e cristalinas. Localizada na região de São Francisco do Conde (BA), a Bimbarras fica muito próxima da Ilha dos Frades, Ilha do Paty e Ilha de Maria Guarda.

Na década de 80, Bimbarras foi adquirida pelo empresário e engenheiro civil Reynaldo Loureiro, e vem sendo cuidadosamente desenhada junto ao olhar da paisagista Lícia Loureiro para aproveitar todo potencial natural do lugar.

A ilha está em fase de estruturação e alguns terrenos estão à venda, mas a visitação é controlada e permitida apenas por meio de agendamento direto no site: www.ilhabimbarras.com.br.

A Ilha Bimbarras foi adquirida na década de 80 pelo empresário e engenheiro civil Reynaldo Loureiro, e vem sendo cuidadosamente desenhada junto ao olhar da paisagista Lícia Loureiro para aproveitar todo potencial naturalmente oferecido no lugar.

Em sua extensão, Bimbarras abriga lagoas, trilhas ecológicas e uma área de mais de 226 mil metros quadrados de natureza preservada com fauna e flora exuberantes, conhecido como Parque da Mata.

Matarandiba

A Ilha de Matarandiba, pertencente ao município de Vera Cruz, fica localizada entre o continente e a Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos. Um local simples, de pesca, mariscagem e fabricação do azeite de dendê, também repleto de paisagens muito belas.

Quais as outras ilhas da Baía?

Dentre as 56 ilhas da Baía, temos também as Ilhas Porcos, Pati, Canas, Fontes, Grande e Monte Cristo.

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História

A maior baía marítima do país não herdou apenas os valores intangíveis resultantes da sólida combinação de história e cultura.

Registros históricos indicam que, em 1º de novembro de 1501, o cartógrafo e escritor Américo Vespúcio descobriu a Baía de Todos os Santos, assim nomeada pelo costume dos portugueses em dar nome aos acidentes geográficos de acordo com o santo do dia – e na data se celebrava o dia de Todos os Santos.

O perfil geográfico da terra descoberta, com uma extensão territorial de mais de 1.000 km², além de boa largura e profundidade, era exatamente o que buscavam: um ancoradouro natural com características defensivas estratégicas favoráveis para protegê-la.

É assim que a Baía de Todos os Santos cresce e se transforma no berço da civilização ocidental, lusa e cristã nas Américas, tornando-se, no século XVI, o maior porto exportador do Hemisfério Sul. Daqui partiam os produtos primários rumo às grandes metrópoles europeias, do açúcar à prata boliviana. O porto de Salvador logo se transformou no mais movimentado posto do comércio de escravos africanos trazidos de Moçambique, Angola, Congo, Benin (Nigéria), Etiópia e Senegal.

As águas da baía banham 13 municípios que compõem toda uma região conhecida como Recôncavo Baiano. Ali, se concentra uma população com cerca de três milhões de moradores que mantém um passado repleto de fatos históricos e de profundos traços culturais herdados da colonização. Diversas localidades pertencentes à baía mantêm, ainda, as impressões digitais deixadas pelos mestiços brasileiros de origem luso-afro-tupi na época da colonização, observadas nos seus belos solares, igrejas, fortalezas, sedes de fazendas e detalhes da arquitetura da época. Um período de intensa luta contra os percalços da natureza e da busca de aprimoramento das técnicas de navegação, testemunhados, ainda hoje, pelos destroços de naus e galeões naufragados na baía ao longo da colonização.

No século XX, como lugar pioneiro da exploração do petróleo no Brasil e sede da primeira refinaria da Petrobrás, a Baía de Todos os Santos teve a economia do seu entorno profundamente transformada por esses fatores. As atividades de exploração, refino e processamento do petróleo, além da indústria química, petroquímica e de beneficiamento de recursos minerais, são responsáveis por grande parte da geração de riquezas do Estado.

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Características Geográficas

A Baía de Todos os Santos tem uma abertura de 35 km voltada para o Oceano Atlântico eno seu interior, um arquipélago com 56 ilhas dos mais variados tamanhos.

Reconhecida como a maior baía existente no país, a grandiosidade da Baía de Todos os Santos está na extensão de 1.052 km² que penetra 55 km continente adentro e possui um contorno litorâneo de aproximadamente 200 km recortado por enseadas, angras, lagamares e uma pequena baía, a de Aratu.

A Baía de Todos os Santos tem uma abertura de 35 km voltada para o Oceano Atlântico, entre o Farol da Barra e a Ponta do Garcez. A profundidade chega a alcançar os 70 metros, e em seu interior ainda existe um arquipélago de 56 ilhas dos mais variados tamanhos. Ali, se destaca a Ilha de Itaparica, a maior ilha marítima do Brasil e um dos mais importantes acidentes geográficos da costa brasileira.

A fauna e a flora da baía são muito ricas, compondo um ecossistema com surpreendentes e belas paisagens. Compõem o cenário de sua biodiversidade coqueirais, bananais, mangueirais, mata atlântica remanescente, manguezais, apicuns e recifes de coral, em contraste com os costões rochosos e as praias de areia fina.

Rica ainda em mananciais hídricos, a baía abriga a foz dos rios Jaguaripe, Subaé e Paraguaçu, além de inúmeros riachos que deságuam em suas praias. Em suas águas claras e cristalinas, convidativas ao mergulho e à prática dos esportes náuticos, existe ainda uma grande variedade de vida marinha.

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Área de Proteção Ambiental

Desde 5 de junho de 1999, por meio do Decreto Estadual 7.595, toda a extensão marítima da Baía de Todos os Santos e suas ilhas foram consideradas Área de Proteção Ambiental (APA), abrangendo os municípios de Santo Amaro, Cachoeira, Candeias, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Maragogipe, Simões Filho, Jaguaripe, Salinas da Margarida, Saubara, Vera Cruz, Itaparica e Salvador.

A Baía é muito rica em biodiversidade. Suas ilhas apresentam vastas áreas de manguezais, recifes de coral e remanescentes de mata atlântica. Na região sudoeste, onde se localiza a sede do município de Jaguaripe, está a ilha de Carapeba, cujos manguezais são conhecidos como o “pantanal baiano”. O limite entre a ilha e o continente é um verdadeiro santuário ecológico cortado por rios e canais, onde ainda podem ser encontrados tamanduás, tatus, lobos-guará e pacas, dentre outros animais.

A Fundação Baía Viva atua constantemente na preservação e revitalização da Baía;

Confira as principais ações voltadas ao meio ambiente.

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